Embora as crises e as guerras tenham tido o efeito de promover a igualdade entre mulheres e homens, a pandemia, ao contrário, está aumentando o fosso.
Podemos concluir com a OIT que “se corre o risco de perder alguns ganhos das últimas décadas e de agravar as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho”. Essa é uma das especificidades dessa crise.
Sabine Germain, Alternatives Économiques, 10 de março de 2021. A tradução é de André Langer.
Índice distorcido
É neste contexto que o Ministério do Trabalho publicou, no dia 8 de março, o seu índice 2021 da igualdade profissional entre as mulheres e os homens. Tenhamos presente que as empresas com mais de 50 trabalhadores são obrigadas a medir cinco indicadores a cada ano: a diferença salarial entre homens e mulheres (40% da pontuação), a diferença nos aumentos anuais (20%), a diferença nas promoções (15%), os aumentos no retorno da licença-maternidade (15%) e a presença das mulheres entre os maiores salários da empresa (10%).