O objetivo é sensibilizar cidadãos, empresas, investidores e governos do mundo todo a respeito de sua responsabilidade na destruição da Amazônia.
Monica Nunes, Conexão Planeta, 2 de setembro de 2020
Afinal, a maior floresta tropical do mundo está em chamas e todos os dias é saqueada por invasores – garimpeiros, madeireiros, grileiros e caçadores. E tais crimes são legitimados por Bolsonaro, realizados com sua autorização, seu apoio.
Os incêndios na Amazônia não são incêndios florestais que ocorrem naturalmente. São atos criminosos apoiados pelo governo e “pelos grandes negócios, que fazem parte de uma cadeia de produção, de comércio e de investimentos maculados que estão todos contaminados”.
Por isso, “o principal pólo de biodiversidade da Terra e as nações indígenas que a protegem, estão em estado crítico”.
Só que Bolsonaro não age sozinho, claro! Mais: ele (des)governa o Brasil, mas o impacto é planetário e, por isso, está “sufocando nossa esperança de um planeta habitável” no presente e no futuro.
Isso só acontece porque muita gente patrocina essa destruição “com dólares e euros”, investe nesses negócios criminosos, sem se importar com a devastação. Há uma “ganância mundial” que consome a Amazônia e parece que a maioria das pessoas não se dá conta. Então, é preciso fazer sua escolha, já: De que lado você está: da Amazônia ou de Bolsonaro?
É urgente “desapropriar Bolsonaro”, ressalta a campanha, e tornar a proteção da Amazônia “uma condição obrigatória para o desenvolvimento, os negócios e os investimentos.
Tudo que Bolsonaro faz é da responsabilidade de todos e precisamos pará-lo. Precisamos interditá-lo para o bem da humanidade. O texto da campanha ainda destaca que Bolsonaro não é uma piada e deve ser levado a sério porque é uma ameaça. “Pará-lo é a única esperança da floresta amazônica. A hora é agora!”.
Para ajudar a interromper o ecocídio e o genocídio praticado contra os povos da floresta, todos os dias, essas organizações pedem que espalhemos esta mensagem pelo mundo para que os grandes responsáveis pela continuidade desses crimes sejam impedidos de prosseguir e que os que têm ajudado a eternizar esse tipo de produção, parem de financia-la.
O mundo precisa parar de comprar o ouro do Brasil! A madeira, a carne, o couro, grãos, o petróleo…. a menos que esses produtos sejam certificados. Essa é a única forma de garantir que o cheiro de queimado e o sangue dos povos originários não impregne os produtos consumidos tanto aqui como no exterior.
“Se deixarmos a Amazônia queimar, o resto do mundo vai queimar junto”. E como fazer para disseminar essa mensagem? Eis, aqui, algumas possibilidades:
Disseminar os 14 cards exclusivos da campanha, que você pode baixar do site da campanha.
Compartilhar reportagens de veículos de comunicação estrangeiros, que têm ajudado a contar essa história pelo mundo.
Disseminar cinco medidas de emergência para combater a crise do desmatamento na Amazônica:
1. Moratória do desmatamento na Amazônia;
2. Aumento das penas para crimes ambientais e desmatamento;
3. Retomada imediata do PPCDAm – Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal;
4. Demarcação de terras indígenas e quilombolas e criação, regularização e proteção de Unidades de Conservação e
5. Reestruturação do Ibama, ICMBio e Funai.
Essas medidas fazem parte de um documento assinado por 62 instituições, entre elas as autoras desta campanha, sobre a qual descrevo neste post, Amazon Watch, Articulação Nacional de Agroecologia, WWF Brasil, 350.org, CUT, Engajamundo, Idesam, IDS, FAS, entre outras.
Assinar a petição online Todos pela Amazônia também é imprescindível nesta mobilização”. “Não importa se você mora longe ou perto da floresta: a vida como é hoje só é possível por causa dela. E a Amazônia precisa de você. É hora de fazer escolhas!”.
Doar para a Vakinha Online permanente da APIB, que dá suporte para os povos indígenas.
Não descansar enquanto não pararem de saquear a Amazônia e todos os biomas brasileiros. Quando falar do assunto, divulgue as hashtags #AmazonOrBolsonaro #WhichSideAreYouOn #DefundBolsonaro.
Imagem de destaque: card da campanha