[Título original: Diante da invasão da Ucrânia por Putin e do conflito inter-imperialista, que posição tomar?]
Seja qual seja a visão geoestratégica que usemos para analisar a guerra, os factos são os factos: à semelhança das invasões cometidas pelos Estados Unidos no Iraque ou Afeganistão, a da Rússia busca ocupar a capital do país vizinho, derrubar o seu presidente e substituí-lo por um fantoche a seu serviço.
Começo por resumir alguns pontos-chave do texto de Ênio e de Aldino:
– Defendem que “a esquerda deve se posicionar contra os EUA neste conflito” que opõe os EUA, de um lado, e a China e a Rússia do outro, pela hegemonia mundial.
– Consideram que “o regime vigente em Kiev é um instrumento nas mãos dos EUA/Otan contra a Rússia”.
– Que os EUA fizeram “tudo para a Rússia intervir [na Ucrânia] para aplicar sanções draconianas em todos os campos e isolar a Rússia”.
– E que “tudo indica que a Rússia será forçada a intervir e invadir agora em sua defesa estratégica”. O texto também afirma que a Ucrânia é “um saco de gatos e tende a explodir a qualquer momento”.
Daqui concluo que os autores consideram que a invasão, já prevista pelo texto, datado de 24 de fevereiro, foi forçada pelo imperialismo de Washington e portanto é a administração Biden, e não Putin, quem deve ser responsabilizada pela guerra em curso.
Passo então a apresentar, o mais sucintamente que conseguir, as minhas razões.
Caráter do conflito entre EUA, Rússia e China
Como caracterizamos o conflito que opõe os Estados Unidos, a Rússia e a China pela hegemonia global? No texto, E. e A. afirmam: “Não se trata de um simples conflito inter-imperialista: China e Rússia estão sendo atacadas pelo imperialismo e oferecem resistência à hegemonia americana, estimulando também outras nações a resistir”.
Não percebo o que vos leva a rejeitar, ou a considerar especial, a caracterização do conflito como inter-imperialista. Não consideram Rússia e China potências imperialistas? Baseados em quê? O que quer dizer “Não se trata de um simples conflito inter-imperialista?” É inter-imperialista e algo mais? O quê? Dizem que o que distingue o atual conflito é a resistência dos governos de Moscovo e Pequim à hegemonia americana. Mas em que conflito inter-imperialista as potências em disputa não tentaram resistir à hegemónica de então?
Para mim, não há qualquer dúvida de que a China é uma potência imperialista, e não só: é a candidata a suplantar a hegemonia dos Estados Unidos. Vai consegui-lo em termos económicos, passando a ser a economia maior do mundo. Está a disputar ao nível da ciência e da tecnologia (por exemplo, têm como meta chegar a 2030 na liderança das tecnologias da Inteligência Artificial) e já são o segundo orçamento militar do mundo2, embora ainda muito longe dos EUA. Cada vez mais se confirma o declínio dos Estados Unidos, que, porém, se mantém hegemónico devido ao seu poderio militar. Mas este poder não é tudo, uma realidade já tantas vezes comprovada (Vietname, Afeganistão…)
A China procura fazer crescer a sua esfera de influência através de iniciativas como a Nova Rota da Seda (Belt and Road Initiative3), um conjunto de investimentos milionários chineses em quase 70 países e organizações internacionais. Outros investimentos, fora desta iniciativa, são os que a China faz num enorme leque de países, em áreas como a da energia. Por exemplo, a companhia elétrica mais importante de Portugal, a EDP, foi privatizada e quem a arrebatou foi… o Estado chinês!
Já a Rússia é a típica potência imperialista regional, em declínio desde o fim da URSS, mas que pretende reagir a este declínio e restabelecer as bases do Império Russo. Apesar de ser atualmente a 11ª potência mundial em termos de Produto Nacional Bruto4, ela continua a ser dona do segundo arsenal nuclear do planeta e quer fazer-se valer desse facto para restaurar o seu prestígio e peso geoestratégico, restabelecendo um império semelhante ao antigo império czarista, o sonho dourado de Putin.
Ora, diante de um conflito inter-imperialista, a esquerda não tem que, nem deve, escolher o seu lado. Essa disputa não é a nossa disputa.
Na introdução ao texto, Ênio compara o apoio a um dos lados de um conflito inter-imperialista com uma opção de voto nas eleições nos Estados Unidos – se se devia ou não votar em Biden, contra Trump, ou simplesmente não votar em nenhum dos dois. Apesar de eu ter defendido o voto em Biden e torcido para que Trump fosse derrotado, não vejo o que tem uma coisa a ver com a outra. A definição do voto é uma questão importante, mas completamente tática. Escolher um lado numa guerra inter-imperialista é alinhar-se com uma ou várias potências que matam para melhor poderem continuar a escravizar outros povos. Como se mede, nesse caso, o “mal menor”? Usando um texto de Lenine, numa tradução recentemente divulgada pelo nosso amigo em comum Waldo Mermelstein, “... imagine que um proprietário de cem escravos faça guerra a outro proprietário de duzentos para chegar a uma distribuição mais 'equânime' dos escravos. É óbvio que, neste caso, usar o conceito de guerra 'defensiva' ou 'defesa da pátria' seria falsificar a história e, na prática, equivaleria pura e simplesmente a um engano do povo, da pequena burguesia e dos ignorantes por hábeis escravistas.”5
Caráter da invasão da Ucrânia
Nesta guerra, Putin não esconde os seus desígnios imperiais. No famoso discurso em que anunciou a invasão, o presidente russo invocou ações militares anteriores empreendidas pela Rússia, apresentadas como forma de “defender a integridade de nosso Estado e resguardarmos a Rússia”. Citou nomeadamente a “resistência militar aos terroristas no Cáucaso”, referindo-se ao esmagamento militar da Chechénia, “o apoio ao povo da Crimeia e de Sebastopol” (anexação da Crimeia), e o envio de tropas “para montar um bloqueio à penetração de terroristas da Síria para a Rússia” (intervenção na guerra da Síria ao lado das forças do governo Assad).
Mas o que eu quero destacar é a sua justificativa para a invasão da Ucrânia: a invocação da necessidade de garantir, em primeiro lugar, a segurança da Rússia, que estaria ameaçada pelo atual governo da Ucrânia, transformado, segundo Putin, numa arma da OTAN: “Os eventos atuais não estão ligados ao desejo de ferir os interesses da Ucrânia e do povo ucraniano. Eles estão ligados à defesa da própria Rússia contra aqueles que tomaram a Ucrânia como refém e tentam usá-la contra nosso país e o povo dele.”6
Onde já ouvimos isso? Não é o mesmo argumento que Israel usa para justificar todas as ações de guerra contra os palestinos, desencadeadas em nome da sua própria segurança? Não é o mesmo argumento que os EUA usaram para invadir o Afeganistão (a luta contra os terroristas que tinham atacado as Torres Gémeas)?
Ponhamos-nos de acordo: é correto denunciar o avanço da OTAN, que renegou as promessas feitas a Gorbatchóv e se expandiu para países do ex-Pacto de Varsóvia ou da esfera de influência da URSS: República Checa, Hungria, Polónia, Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Albânia, Croácia e Montenegro. Podemos compreender que a Rússia considere uma “linha vermelha” a sua exigência de que a Ucrânia não entre na OTAN (entrada que, aliás, foi vetada pela Alemanha).
Mas nada disso pode justificar a invasão de Putin para “desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia”, isto é, para pôr no poder em Kiev um fantoche que execute as suas ordens.
Além disso, no quadro de um conflito inter-imperialista, em que não apoiamos nem Putin nem a OTAN/EUA, a Ucrânia é um joguete, uma vítima que, essa sim, tem todo o direito a defender-se.
Por isso, responsabilizar, como o texto de E. e A. faz, a OTAN e os EUA pela invasão da Ucrânia é uma afirmação sem sentido algum. Quem invadiu foi a Rússia, não os Estados Unidos. Quem está a matar ucranianos são as armas russas, não as dos EUA.
E, enquanto estiver em curso a invasão, os socialistas revolucionários devem denunciá-la, exigir a retirada das tropas russas e o fim da guerra. E nunca, em circunstância alguma, apoiar os Exércitos de Putin.
O que é a Ucrânia?
O vosso texto faz uma incursão na história da Ucrânia desde os anos 800 a 1000 até os dias de hoje, mas curiosamente dá pouca importância à política dos bolcheviques antes e depois da Revolução de 1917, a mesma que Putin responsabilizou por ter “criado a Ucrânia”, afirmando mesmo que é a Lenine que se deve a existência da Ucrânia como república independente. Vocês ignoram esta fase, tão decisiva na história daquele país, preocupando-se essencialmente em caracterizar a Ucrânia como um “saco de gatos” que “tende a explodir a qualquer momento”.
Quem leia o vosso texto vai concluir que a Ucrânia é pouco mais que uma criação artificial que o imperialismo norte-americano pretende sustentar apenas para ser a sua arma contra a Rússia:
“Então, é muito provável que a Ucrânia vai se dividir. Não toda de uma vez (a não ser que a Rússia ocupe até Kiev). Mas, acho que aos poucos. Agora com o reconhecimento de Donetzk e Kugansk a situação vai endurecer. E é muito possível que regiões como Odesa, Nikolayev, Karkov e outras acabarão seguindo o mesmo caminho. Depois veremos o que acontecerá com Zaporishia, Dniepro e Poltava.
No Lado ocidental Lyov já está sendo a capital ocidental e deve se juntar à Polónia. O setor húngaro já tem passaportes húngaros. e por aí vai. Não sei se os EUA conseguirão manter uma Ucrânia ocidental unificada.”
Como veem, não estou a exagerar. Para E. e A., a Ucrânia está dividida entre russos, poloneses e húngaros, de tal forma que ficamos sem saber onde estão os ucranianos… E neste mosaico, só os Estados Unidos é que atuam para a manter unida.
Mas será que Putin tem razão, que é a Lenine que a Ucrânia tem de agradecer por ser um Estado independente?
Sim e não. Não, porque a nação ucraniana já existia muito antes de Lenine. Sim porque é verdade que Lenine sempre defendeu a nação ucraniana e o direito da Ucrânia a ser um estado independente. De facto, a Ucrânia foi uma das melhores demonstrações da aplicação prática da política de Lenine em relação às nações e nacionalidades oprimidas, de direito à autodeterminação incluindo, se fosse essa a vontade do povo, a separação.
Esta política, recordemos, foi tão importante para Lenine que o levou, no final da sua vida, a romper com Stálin e a defender que fosse afastado da secretaria-geral do Partido Bolchevique, diante das manifestações de chauvinismo grão-russo que ele demonstrou em relação à Geórgia. A contra-revolução burocrática, como não podia deixar de ser, transformou a política de Lenine no seu oposto: no lugar de uma federação livre de Estados soberanos, a União soviética foi transformada numa verdadeira “prisão dos povos”, onde os “Estados” da Federação eram governados com mão de ferro por Moscou.
Fiz uma busca rápida, não-exaustiva de escritos de Lenine sobre a Ucrânia que é suficiente para nos mostrar algo muito diferente do que E. e A. dão a entender: ao contrário de um “saco de gatos” sem qualquer coesão interna nem história comum, a Ucrânia era uma nação oprimida do império czarista.
Muito antes da Revolução de Outubro, em 1913, por exemplo, Lenine escreveu no Rabochaya Pravda um artigo relatando um debate motivado por uma resolução adotada no congresso dos estudantes a favor de uma Ucrânia independente. Os cadetes (Constitucionais-democratas, o partido da burguesia russa) atacavam a resolução por ser “separatista”, “aventureira”, um “delírio” e uma “aventura política”. Para Lenine, “os marxistas jamais esquecem o elementar direito de lutar pelo reconhecimento da completa igualdade entre as nações e o seu direito à autodeterminação”7.
Em 1917, ainda antes de Outubro, Lenine resumia assim a sua posição: “Não favorecemos a existência de pequenos Estados. Estamos a favor da união mais cerrada dos trabalhadores do mundo contra ‘os seus próprios’ capitalistas. Mas para esta união ser voluntária, o trabalhador russo, que nem por um momento confia na burguesia russa ou ucraniana, defende agora o direito dos ucranianos à secessão, sem impor sobre eles a amizade, mas procurando conquistá-la tratando-os como iguais, como aliados e irmãos na luta pelo socialismo.”8
No mesmo texto, Lenine sublinhava que nenhum democrata poderia negar o direito da Ucrânia se separar da Rússia”, explicando que “só assim é possível defender uma livre união entre ucranianos e russos, uma associação voluntária de dois povos num Estado. Isso significa, acrescentava ainda Lenine, uma rotura com o passado czarista, que tinha tornado os Grão Russos carrascos do povo ucraniano, e fomentado neles o ódio por aqueles que até proibiam às crianças ucranianas o uso da fala e o estudo na língua ucraniana.
O dirigente bolchevique permaneceria coerente depois de Outubro de 1917. Em novembro de 1919, Lenine escreveu uma resolução para o comité Central do Partido Bolchevique9 onde mais uma vez considerava essencial reafirmar o princípio da autodeterminação e a defesa de que fosse reconhecida a independência da República Socialista da Ucrânia. A vitória da Revolução na Ucrânia foi muito complicada, já que os bolcheviques não conseguiram tomar o poder em Kiev em Outubro, tendo sido proclamadas duas Repúblicas, a Popular com sede em Kiev e a Socialista com sede em Kharkov, tendo o conflito interno se misturado com a guerra civil. Por duas vezes a república Socialista foi dissolvida pelos próprios bolcheviques, e só à terceira tentativa, repelidos os exércitos de Denikin, a República Socialista da Ucrânia prevaleceu.
A resolução do CC bolchevique defendia ainda que o partido deveria de todas as formas ajudar a romper as barreiras no caminho do livre desenvolvimento da língua e da cultura ucranianas, banidas e perseguidas durante séculos pelo czarismo e as classes dominantes.
Finalmente, apontava para a importância e a necessidade premente de ganhar a confiança dos camponeses ucranianos, não só do proletariado agrícola e dos camponeses pobres, mas também de grandes camadas do campesinato médio, cujos interesses reais se ligavam aos do poder soviético.
Insisto: Lenine nem por um momento via a nação ucraniana como uma construção artificial, mas sim como uma nação oprimida que vira negados pelos czares e depois pelo governo provisório os seus direitos nacionais mais elementares.
Esta “livre união” foi desfeita por Stálin, que a transformou de novo numa opressão nacional, levada a cabo pelo centralismo de Moscovo. Os camponeses ucranianos, que tanto preocupavam Lenine, foram alvo de perseguições e expropriações manu militari e condenados à fome que atingiu em 1932-33 o nível de uma enorme catástrofe, em que de 2,6 milhões a 10 milhões de ucranianos e ucranianas morreram à fome.
Eu defendo a política de Lenine em relação à Ucrânia e a posição de princípio quanto ao direito à autodeterminação, incluindo o direito à secessão, das nações e povos oprimidos. Gostava de saber o que E. e A. opinam sobre isto. Não considero Lenine um oráculo infalível. Mas, com sinceridade, acho que a elaboração dele sobre esta questão é um dos seus maiores legados.
“Desnazificação” da Ucrânia?
No famoso discurso, já citado, com que anunciou a invasão da Ucrânia, Putin colocou como um dos objetivos “desnazificar”a Ucrânia. Ênio e Aldino usam argumentos semelhantes ao do presidente russo no seu texto, apresentando a chamada revolução da praça Maidan como um golpe de extrema-direita em 2014. Ora Maidan foi, muito diferente de um golpe, uma mobilização popular contra o governo de Yanukovitch, mobilização essa sem direção e na qual participou a extrema-direita e a esquerda. E a extrema direita conseguiu um impulso maior. Não se trata de um caso isolado no mundo. Aliás, a eclosão de movimentos espontâneos sem direção, que acabam favorecendo, de uma forma ou outra, a extrema-direita, têm ocorrido mais vezes do que gostaríamos.
Não nego a existência e o papel da extrema-direita na Ucrânia. O que vejo, porém, é que sempre este papel é exagerado pelos que defendem Putin, que só veem nazis de um lado, ficando cegos para os do outro lado. Ou será que não há extrema-direita também nas autoproclamadas repúblicas do Donbass? Ou não serão os principais aliados políticos de Putin na Europa os partidos da extrema-direita, como os de Salvini (Itália), Marine Le Pen (França) e Viktor Orbán (Hungria)10? Ou não será que a maioria dos trumpistas dos EUA estão a apoiar Putin?11
A extrema-direita teve, na Ucrânia, votações bastante marginais – mais ainda se comparadas com as dos seus correligionários em países como a França, a Alemanha, ou até mesmo Portugal. Oleh Tyahnibok (União Svoboda) e Dmytro Iarosh (Setor Direito), tiveram apenas 1,2% e 0,7% dos votos nas eleições presidenciais de 2014, e nas legislativas do mesmo ano subiram um pouco, mas nada de espetacular: 4,7% para a lista do Svoboda e 1,8% para a do Setor Direito. Já nas eleições presidenciais de 2019, o candidato do Svoboda, Ruslan Koshulynskyi, teve 1,6% e o partido Svoboda, nas legislativas, ficou com 2,15% dos votos.
É verdade que o peso da extrema-direita não pode ser apenas medido pelos votos. Há também a extrema-direita “soldadesca”, miliciana, uma força neo-nacionalista como o movimento Azov e o seu partido correspondente, o Corpo Nacional. Mas daí a dizer, como faz Putin e os média que o apoiam, que o governo ucraniano é fascista vai uma distância infranquiável.12 A verdade é que Putin usa esse discurso para ter um álibi político que dê uma cobertura política à invasão. Infelizmente, o texto de E. e A. colabora com esta cobertura.
Carta de Kiev
Termino dando a palavra ao historiador de esquerda Taras Bilous, que publicou uma “Carta à esquerda ocidental a partir de Kiev”13 dirigindo-se aos “que imaginam uma ‘agressão da Nato na Ucrânia’ e aqueles que não conseguem ver a agressão russa” (...) “Ou aqueles que criticaram a Ucrânia por não implementar os acordos de Minsk mas ficaram em silêncio no que diz respeito às suas violações pela Rússia e as auto-intituladas ‘Repúblicas Populares’. Ou aqueles que exageraram a influência da extrema-direita na Ucrânia mas não prestaram atenção à extrema-direita nas ‘Repúblicas Populares’ e evitaram criticar as políticas conservadoras, nacionalistas e autoritárias de Putin. Parte da responsabilidade pelo que está a acontecer é vossa”.
Tal como a leitura do discurso de Putin na íntegra, a leitura desta carta é imprescindível para se tomar uma posição consciente e documentada sobre a guerra na Ucrânia.
Depois de escrevê-la, o historiador alistou-se na unidade de defesa territorial ucraniana para contribuir para a defesa de Kiev.
Artigo de Luís Leiria, publicado originalmente em facebook: https://www.facebook.com/luis.leiria.9/posts/10224332100002914
Notas:
1 Texto de Ênio Bucchioni e Aldino Graef https://www.facebook.com/enio.bucchioni/posts/5327537447256554(link is external)
5 Lenine, “O Socialismo e a Guerra”, 1915.
6 Retirado do discurso de Putin, publicado na íntegra pela Folha de S. Paulo: https://www1.folha.uol.com.br/.../veja-integra-do...(link is external)
10 Ver o artigo “Putin, o czar da extrema direita russa e europeia” em https://www.esquerda.net/.../putin-o-czar-da.../79593(link is external)
11 Ver “Ucrânia: a extrema-direita americana escolheu Putin” em https://www.esquerda.net/.../ucrania-extrema.../79632(link is external)
12 Sobre a extrema-direita ucraniana, ver “Os dois rostos da extrema-direita ucraniana”
13 Ver “Uma carta à esquerda ocidental a partir de Kiev” em https://www.esquerda.net/.../uma-carta-esquerda.../79624(link is external)