Rede Feminista Ecossocialista do Equador, 11 de fevereiro de 2021
Os resultados das últimas eleições no Equador expressam, como diz a CONAIE, o acúmulo histórico da luta popular, e ratificam neste momento a necessidade de unidade do campo e da cidade. Os resultados da Assembléia Nacional, verificam que Pachakutik é a segunda força eleitoral no Equador, com 17,89% dos votos, porém na contagem presidencial há uma disputa pelo segundo lugar, entre Yaku Pérez do Pachakutik, o braço político da CONAIE, e Guillermo Lasso do CREO, um banqueiro que representa os empresários ligados à direita neoliberal, um deles terá que disputar no segundo turno com Arauz da UNES, que é o atual movimento do ex-presidente Correa.
Em meio à disputa pelo segundo lugar, uma série de inconsistências está ocorrendo com a contagem dos votos em alguns recintos eleitorais, principalmente na província de Guayas, para favorecer a candidatura de Guillermo Lasso, sob um acordo velado da direita oligárquica e possivelmente do correismo, porque desta forma seu candidato Arauz teria mais certeza de vencer no segundo turno.
Rejeitamos o papel que o “correismo” tem desempenhado neste momento, exacerbando o racismo e a deslegitimação da luta social através de uma campanha midiática.
Assumimos que existe um processo claro à esquerda no Equador e que é importante defender este acúmulo histórico da luta social, por isso nos unimos ao apelo de muitas organizações para manter uma mobilização permanente para que o voto popular seja respeitado, e que seja realizada uma contagem de votos por voto para garantir a transparência nas eleições.
Sabemos que a luta continua, e que será a luta na mobilização e a unidade do campo popular que nos permitirá sustentar os ganhos acumulados de outubro e a resistência contra este sistema de morte.
Outubro vive, a luta continua!
Rede Feminista Ecossocialista – Equador