“Vai ser desse jeito…”, entoávamos na campanha de 2016, uma das mais bonitas da história recente na cidade do Rio de Janeiro. Aquele momento de singular esperança coroava uma trajetória de compromisso com as lutas e sonhos de um amplo campo social e de esquerda, reavivava o florescer da Primavera Carioca, ressoava os coros contra a mercantilização, a especulação, a militarização, contras as máfias. Unia vozes por uma cidade de direitos.
Esta eleição de 2016, quando cheguei pela primeira vez à Câmara dos Vereadores do Rio, é apenas uma das muitas lindas construções que tivemos junto a Marcelo Freixo em quase duas décadas de caminhada. E a trajetória do PSOL do Rio de Janeiro se confunde, em grande medida, com esta história.
Hoje os caminhos tomam rumos diferentes, mas, esperamos, não divergentes. Por aqui, continuamos firmes na luta pela derrota do Bolsonaro e do bolsonarismo como um dos mais perversos experimentos sociais da nossa história. No Rio de Janeiro, continuaremos combatendo as políticas de morte de Cláudio Castro e seguiremos firmes na oposição à Eduardo Paes e seu modelo de cidade.
Pra nós a hora é de construir a unidade da esquerda ao mesmo tempo em que fortalecemos o PSOL. Acreditamos na construção de um projeto permeado pelos princípios que emergem da luta social, pelo enraizamento e compromisso profundo do nosso partido com a luta contra a desigualdade, as opressões, o esbulho dos nossos territórios, culturas, povos e direitos.
Vai ser desse jeito… o tom agora é de despedida, mas de respeito, e sobretudo de esperança. Um forte abraço, Marcelo. Que venham os tempos do reencontro!