A cada dia, vivemos uma situação mais desesperadora. Nos números oficiais, já são quase meio milhão de mortos pela Covid-19. Isso quer dizer que a cada 500 brasileiros, um já perdeu a vida. Em média, uma pessoa morre em cada quarteirão de nossas grandes cidades. Famílias são dizimadas, amizades interrompidas e somos tomados por dor e saudades por todo lado!
Bolsonaro nada faz para evitar as mortes ou para combater a fome e o desemprego. Pelo contrário, como prova a CPI da Covid-19, faz o que pode para espalhar o vírus. Não usa máscaras e promove aglomerações por onde passa. Por sua causa, o país não buscou as vacinas no tempo certo - foram 14 ofertas recusadas no ano passado - e enquanto outros países caminham para imunizar a maioria de suas populações e recuperar a economia, o Brasil ameaça uma terceira onda de contágios.
Graças aos movimentos sociais e aos parlamentares da oposição, conquistamos o auxílio emergencial de R$600,00 que foi fundamental para garantir uma segurança mínima para milhões de famílias em 2020. Mas mesmo sem sinais de superação da pandemia, Bolsonaro e seu governo decidiram que não seria mais prioridade e diminuiu o auxílio para apenas quatro parcelas de R$150,00, abandonando mais uma vez a maioria do povo brasileiro.
Enquanto a morte e a fome rondam os lares da classe trabalhadora, Bolsonaro acoberta a corrupção dos seus filhos parasitas e se alia ao Centrão no congresso, em um pacto que beneficia minorias e acaba com os direitos sociais, serviços públicos, meio ambiente, a soberania nacional e ameaça a democracia.
É hora de dar um fim ao governo Bolsonaro!
Mas como lutar e demonstrar que a nossa indignação é coletiva, se precisamos proteger a nós e os nossos da Covid-19?
Para conter as mortes pela Covid-19, o isolamento social é uma das poucas armas eficazes reconhecidas pela ciência. Mas à medida que o tempo passa, vemos que cada vez menos pessoas têm tido condições de se manter em isolamento - seja porque não têm emprego, assistência ou até mesmo os seus direitos garantidos, enquanto a seguem as chacinas contra as populações negras, faveladas e periféricas.
E enquanto isso, os negacionistas continuam indo para as ruas promovendo aglomerações para blindar o governo de seus crimes e defender tratamentos mentirosos.
Precisamos de uma resposta contundente, unificada e em segurança. Somente a mais ampla mobilização popular pode acabar com esse governo, garantindo as medidas para que todos nós possamos nos proteger. Além de vacinação, emprego e renda para nosso povo.
Não podemos seguir reféns de uma falsa contradição. Defender o isolamento social e protestar nas ruas devem ser parte do mesmo movimento. A verdade é que só teremos um isolamento consequente para a maioria quando tivermos garantido um auxílio emergencial digno e suficiente para que todos possam permanecer em casa sem ter que ver seus filhos sem comida no prato. Da mesma forma, só teremos vacinação universal quando derrotarmos Bolsonaro e dermos um chute em seu governo.
No dia 29/05, participe dos atos em sua cidade, traga sua máscara, seu álcool gel e junte-se a nós! Quem não puder ir às ruas, junte-se a nós através das redes sociais, pendure uma faixa na sua janela, compartilhe e apoie a mobilização.
Somos milhões, a maioria do povo! Há lugar para todas e todos nessa luta nacional!
Um salve para a camarada Theresa Nardelli, de Minas Gerais, que cunhou o slogan "Vacina no braço, comida no prato!" e que sintetiza tão bem nossa luta.